Engenheiro submarino ex-Titan testemunha: ‘Eu disse a ele que não entraria nisso’.

‘I Told Him I’m Not Getting in It’: Former Titan Submersible Engineer Testifies

# A Segurança em Questão: Revelações Chocantes sobre o Submarino Titan

## A busca pela verdade: Análise do caso do Submarino Titanic

As investigações sobre o trágico implosionamento do submarino Titan geraram uma reviravolta surpreendente logo no início do processo. Durante o depoimento perante uma comissão de investigadores da Guarda Costeira dos Estados Unidos, o ex-diretor de engenharia da OceanGate, Tony Nissen, fez uma revelação estarrecedora: ele alegou que se recusou a embarcar no submarino devido à falta de confiança na equipe de operações e no CEO da empresa, Stockton Rush. Segundo Nissen, desde o momento de sua contratação, nada lhe foi dito com transparência.

O depoimento de Nissen focalizou a concepção, construção e testes do primeiro submersível de fibra de carbono da OceanGate. Essa declaração dramática marcou o início de quase duas semanas de testemunhos públicos perante a Comissão de Investigação Marítima da Guarda Costeira dos Estados Unidos, que busca esclarecer os eventos que levaram à trágica implosão do Titan em junho de 2023, resultando na morte instantânea de seus cinco tripulantes, incluindo o CEO Stockton Rush.

Antes do testemunho de Nissen, a Guarda Costeira apresentou uma cronologia detalhada da história da OceanGate como empresa, do desenvolvimento do submersível Titan e de suas viagens ao naufrágio do Titanic, localizado a quase 3.800 metros de profundidade no Atlântico Norte. Esses slides revelaram novas informações importantes, incluindo mais de 100 incidentes e falhas de equipamento ocorridos durante as expedições do Titan em 2021 e 2022.

Um dos destaques dessa apresentação foi a exibição de uma “cronologia animada” das últimas horas do submarino Titan, além das últimas mensagens de texto enviadas pelos ocupantes do sub. Uma das mensagens, enviada aproximadamente a 2.400 metros de profundidade, dizia “tudo bem aqui”. A última mensagem, enviada quando o submarino estava a 3.400 metros de profundidade, afirmava: “soltei dois pesos”.

Outra informação confirmada pela Guarda Costeira foi que o submersível experimental de fibra de carbono ficou armazenado em um estacionamento externo, sujeito a temperaturas baixíssimas, chegando a 1,4 graus Fahrenheit (cerca de -17 Celsius) antes das missões do Titanic do ano passado. Alguns engenheiros levantaram preocupações de que a água congelada na ou próxima à fibra de carbono pudesse expandir e causar defeitos no material.

Segundo Nissen, desde que ingressou na OceanGate em 2016, Rush nunca teve uma direção clara para a empresa. Inicialmente, o plano era obter a certificação do submersível com uma terceira parte independente, bem como testar mais modelos em escala do casco de fibra de carbono do Titan. No entanto, essas iniciativas foram abandonadas, e o uso de componentes de titânio foi reduzido para economizar tempo e dinheiro. Para Nissen, isso foi a morte do projeto por um conjunto de fatores.

Durante o depoimento, Nissen foi questionado sobre a escolha da fibra de carbono para o casco do submersível e a dependência de um sistema de monitoramento acústico recém-desenvolvido, que tinha como objetivo fornecer um aviso prévio de falha. Um dos investigadores mencionou o relatório da WIRED, que destacou as preocupações de um especialista externo contratado por Nissen, em relação à compreensão de Rush sobre as limitações desse sistema.

Nissen defendeu as ações da equipe, afirmando que, dadas as restrições de tempo e recursos, eles realizaram todos os testes disponíveis e consultaram diversos especialistas. De acordo com ele, o projeto foi construído seguindo os mesmos padrões de uma aeronave.

O ex-diretor de engenharia ainda descreveu os testes realizados nas águas profundas das Bahamas, em 2018, quando o submersível foi atingido por um raio. Medições posteriores no casco do Titan mostraram que ele estava se flexionando além do fator de segurança calculado. Após a descoberta de uma trinca no casco, Nissen se recusou a permitir outra descida. No seu próprio depoimento, ele afirmou: “Eu acabei com o projeto. O casco está comprometido.” Logo após esse episódio, Nissen foi demitido.

Diante das revelações chocantes e dos fatos apresentados até o momento, a investigação da Guarda Costeira continua com o objetivo de descobrir a verdade por trás da tragédia envolvendo o submarino Titan. A busca por respostas sobre o que deu errado e sobre quem é responsável é essencial para evitar incidentes similares no futuro.

[Link para o vídeo da cronologia animada](https://www.news.uscg.mil/Portals/11/Headquarters/Investigations/Titan-Submersible/Exhibits/CG%20001_1%20TITAN_Animation%2020240915_v2.2.mp4?ver=5-KbTGgE5bFAVFruU0CTQA%3D%3D&timestamp=1726499043115)

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