Projeto 2025 reduziria drasticamente o apoio à remoção de carbono.

Project 2025 Would Drastically Cut Support for Carbon Removal

# A importância do apoio governamental para a indústria de captura direta de ar

![Captura Direta de Ar](image-link)

A captura direta de ar (DAC, na sigla em inglês) tem se mostrado uma tecnologia promissora para combater as mudanças climáticas, mas sua implementação em larga escala ainda enfrenta desafios. É por isso que o apoio governamental, como o programa Regional DAC Hubs do Departamento de Energia dos Estados Unidos, se torna tão importante nesse contexto.

De acordo com Jack Andreasen, da Breakthrough Energy, uma iniciativa fundada por Bill Gates para acelerar a tecnologia rumo a emissão zero, esse tipo de apoio governamental é essencial para viabilizar a construção de projetos de captura direta de ar. Um exemplo disso é a Lei de Infraestrutura Bipartidária assinada em 2021, que destinou US$ 3,5 bilhões em fundos federais para auxiliar a construção de quatro hubs regionais de DAC, incluindo projetos no estado da Louisiana e no Texas.

Uma das empresas envolvidas no hub de Louisiana é a Climeworks, que pode receber até US$ 550 milhões em financiamento federal. A expectativa é que essa instalação seja capaz de capturar mais de 1 milhão de toneladas de dióxido de carbono por ano e armazená-lo subterraneamente. Daniel Nathan, diretor de desenvolvimento de projetos da Climeworks, ressalta a importância de direcionar financiamentos para projetos maiores, visando fomentar o crescimento dessa indústria.

Além do financiamento direto, também são oferecidos créditos tributários pela lei 45Q, que foram prorrogados pelo Inflation Reduction Act. Esses créditos são essenciais para garantir suporte financeiro a longo prazo às empresas que realizam a captura de carbono da atmosfera. Andreasen destaca a importância dessa receita garantida de US$ 180 por tonelada de carbono armazenada, pelo período mínimo de 12 anos, uma vez que os custos de captura e armazenamento de dióxido de carbono tendem a superar o valor de mercado dos créditos de carbono.

É interessante observar que outras formas de remoção de carbono, como o plantio de florestas, são mais baratas do que a DAC. Isso faz com que a competição por recursos seja acirrada, já que os créditos de remoção também são procurados pelos setores de energia renovável, que evitam novas emissões. Portanto, sem o apoio financeiro suplementar do governo, seria improvável que um mercado de sequestro de carbono por meio de DAC pudesse se sustentar.

Apesar dos desafios enfrentados por essa indústria, a maioria dos especialistas consultados acredita que a renovação do crédito tributário 45Q é pouco provável de ser revertida. No entanto, há preocupações quanto à alocação de fundos do Departamento de Energia para projetos de DAC e outros, caso uma nova administração assuma. A possibilidade de uma desaceleração na distribuição desses recursos preocupa, pois isso significaria atrasos na implementação dos projetos e impactos negativos para a indústria.

A Heritage Foundation, por sua vez, não apenas duvida da indústria de remoção de carbono, mas também questiona abertamente as mudanças climáticas. Em um relatório, a fundação menciona que o aquecimento observado só poderia ser “teoricamente” resultado da queima de combustíveis fósseis e afirma que “essa afirmativa não pode ser comprovada cientificamente”. Segundo o projeto 2025 da fundação, o governo não deveria escolher vencedores e perdedores ou subsidiar o setor privado para trazer recursos ao mercado.

Diante desse contexto, fica evidente a importância do apoio governamental para o desenvolvimento da indústria de captura direta de ar. Além de garantir financiamentos e créditos tributários, é fundamental que os projetos de DAC sejam vistos como estratégicos para a redução das emissões de carbono e o combate às mudanças climáticas. A continuidade desse apoio e o compromisso do governo são essenciais para impulsionar a tecnologia e alcançar os objetivos de emissão zero.

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