Vazamento na Estação Espacial Internacional preocupa a NASA – 70 caracteres

# Problema com Vazamento em Módulo Russo Preocupa NASA


SpaceX, Blue Origin, Virgin Galactic – essas são algumas das empresas que têm chamado a atenção do público nos últimos anos com suas ambições espaciais. No entanto, em meio a todo esse alvoroço, é fácil esquecer que a Estação Espacial Internacional (EEI) continua em órbita e desempenhando um papel importante na exploração espacial. Recentemente, uma nova preocupação surgiu: um vazamento em um módulo russo que conecta uma parte maior da estação a uma porta de acoplamento.

Embora a NASA não goste de falar sobre os perigos de voar astronautas em uma estação espacial envelhecida, um novo relatório confirma que os gerentes responsáveis pela operação da EEI estão seriamente preocupados com esse pequeno módulo russo. Desde setembro de 2019, autoridades russas e americanas sabem que o módulo, denominado PrK, está com vazamento. No entanto, um relatório recente, publicado pelo inspetor geral da NASA, revela detalhes antes desconhecidos sobre a gravidade do problema.

De acordo com o relatório, em fevereiro deste ano, a NASA identificou um aumento na taxa de vazamento, passando de menos de 1 libra de atmosfera por dia para 2,4 libras por dia. Em abril, esse número subiu ainda mais, chegando a 3,7 libras por dia. Mesmo após anos de investigação, as autoridades russas e americanas ainda não identificaram a causa subjacente do vazamento.

Embora a razão exata continue desconhecida, o relatório destaca que as atenções estão voltadas para as soldas internas e externas do módulo. Para mitigar o risco, o plano é manter a escotilha do módulo PrK fechada. Caso o vazamento piore, será necessário fechar permanentemente essa escotilha, reduzindo o número de portas de acoplamento russas na estação espacial de quatro para três.

Publicamente, a NASA tem procurado minimizar as preocupações quanto ao problema de trincas, pois, até o momento, o vazamento está confinado ao túnel do módulo PrK e não se espalhou para outras partes da estação. No entanto, o site Ars Technica informou em junho que a gravidade do problema das trincas já atingiu o nível mais alto de preocupação na matriz de riscos da NASA, classificado como “5” em termos de alta probabilidade e alta consequência.

O relatório do inspetor geral da NASA confirma as preocupações da agência, relatando que, em maio e junho de 2024, autoridades do programa da EEI se reuniram com representantes da Roscosmos para discutir o aumento na taxa de vazamento. O relatório também destaca que o programa da EEI elevou o risco de vazamento no túnel do módulo PrK para o mais alto nível em seu sistema de gerenciamento de riscos. Embora a Roscosmos esteja confiante em sua capacidade de monitorar e fechar a escotilha no módulo de serviço antes que a taxa de vazamento se torne insustentável, NASA e Roscosmos ainda não chegaram a um acordo sobre o ponto em que a taxa de vazamento se torna insuportável.

Essa preocupação em relação à estação espacial ocorre em um momento em que a NASA está considerando o futuro do projeto. Atualmente, a agência espacial americana e a Rússia têm um acordo para manter a estação em funcionamento até 2028, e a NASA gostaria de estender as operações até 2030. No entanto, ainda não houve um acordo definitivo para a extensão do programa.

Quando a estação atingir o fim de sua vida útil, a NASA planeja transferir suas atividades em órbita terrestre baixa para estações espaciais privadas. Empresas como Axiom Space, Northrop Grumman, Blue Origin e Voyager Space têm recebido financiamento inicial da NASA para o desenvolvimento dessas estações. No entanto, a Northrop Grumman desistiu da competição por considerar que não seria um negócio lucrativo. Existe, portanto, incerteza sobre a disponibilidade de estações espaciais privadas até 2030.

Uma opção futura é estender a vida útil da estação espacial além de 2030. No entanto, isso exigiria um trabalho significativo para garantir a viabilidade da estrutura da estação e um novo acordo com a Rússia. A parceria entre os dois países foi severamente abalada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Estender a EEI além de 2030 exigirá financiamento significativo para operar e manter a estação, aceitação de um risco maior decorrente de componentes e estruturas envelhecidos e garantias de apoio contínuo dos parceiros internacionais da NASA”, afirma o relatório do inspetor geral.

A situação atual representa um desafio para a NASA, que precisa lidar com o vazamento no módulo russo e tomar decisões importantes para o futuro da exploração espacial em órbita terrestre baixa. Com uma incerteza financeira e riscos associados ao envelhecimento da infraestrutura, é fundamental que a NASA e seus parceiros internacionais trabalhem em conjunto para garantir a segurança e a continuidade dessas missões espaciais. A exploração espacial continua a nos desafiar, e o futuro da Estação Espacial Internacional é uma peça importante desse quebra-cabeça.