As razões para a demissão de Tite no Flamengo, às vésperas da semifinal da Copa do Brasil






Artigo sobre saída de Tite do Flamengo

Por que Tite não é mais o técnico do Flamengo?

Desempenho abaixo das expectativas

Após a vitória sobre o Bahia e o empate com o Vasco jogando bem, o desempenho do Flamengo foi por água abaixo. A Data Fifa do início de setembro, embora tenha sido fatal para o trabalho de Tite, graças a lesão de Pedro, foi o último alento futebolístico no Flamengo. De lá para cá, só dores de cabeça.

Debilitado por lesões, muito por conta do planejamento ruim entre diretoria e comissão técnica, o Flamengo ficou exposto na eliminação para o Peñarol. Nem mesmo a diferença gritante entre os elencos foi capaz de dar a vantagem a Tite e companhia, que viram os uruguaios quererem mais, ainda que bem mais limitados tecnicamente.

Internamente, o desempenho já irritava uma parcela da diretoria, que não via um bom futebol para justificar a sequência nas três competições importantes. Como os resultados estavam aparecendo, Landim e companhia sustentavam a permanência. A partir do momento que deixou de ser um fato, o trabalho teve um fim abrupto.

Ainda assim, a relação entre comissão técnica e direção não terminou estremecida. O departamento de futebol conversou com Tite, também abatido pelos últimos resultados, e os dois lados chegaram a um acordo pela saída.

Pressão de fora para dentro

Se a torcida já não era fã do trabalho de Tite há algum tempo, a eliminação para o Peñarol, como mencionado, também convenceu uma ala da diretoria rubro-negra de que a demissão era o caminho. Em ano eleitoral, isso vale muito para o Flamengo.

Como publicado pela Trivela no último fim de semana, o medo passava pela repetição do cenário visto em 2023, quando um Sampaoli, claramente sem clima, permaneceu até a perda do título da Copa do Brasil. Não era a hora de arriscar mais um ano sem uma conquista de expressão.

Tite, técnico do Flamengo (foto: Imago)

Como o mercado está cada vez mais escasso, o Flamengo dará sequência a Filipe Luís num primeiro momento, que estava relutante em momento anterior, mas aceitou o desafio quando chamado. Quem diria, para uma pessoa que pendurou as chuteiras em dezembro, estaria como técnico do clube de maior torcida do país em setembro.


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