Elon Musk está apoiando ativistas de extrema direita no Brasil, desafiando ordem judicial.
# Tribunal brasileiro abre investigação sobre Elon Musk por obstrução de justiça
Na última terça-feira, o Tribunal brasileiro anunciou que abrirá uma investigação sobre o proprietário da X, Elon Musk, por obstrução de justiça. Isso ocorreu após Musk reativar contas de extrema-direita que o governo brasileiro havia sinalizado para remoção. O anúncio veio depois que Musk pediu a renúncia ou impeachment do Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral do Brasil, alegando que as ordens de remoção das contas violam a constituição brasileira.
## Conta com influenciadores de extrema-direita
Embora o tribunal não tenha divulgado a lista de contas solicitadas para bloqueio ou investigação, o jornal Estadão, com sede em São Paulo, relatou que inclui o influenciador de extrema-direita fugitivo Allan dos Santos, apoiador do presidente Jair Bolsonaro, e o YouTuber de direita Bruno Aiub, conhecido como Monark. A lista também conta com o bilionário brasileiro e apoiador de Bolsonaro Luciano Hang.
## Reativação de contas polêmicas
Após assumir a empresa, Musk reativou as contas dos políticos de extrema-direita brasileiros Carla Zambelli, Gustavo Gayer e Nikolas Ferreira. Ferreira, um apoiador de Bolsonaro, questionou abertamente a segurança das máquinas de votação eletrônica do Brasil, mesmo tendo vencido sua corrida legislativa local.
## Polêmicas envolvendo o X
Sob a liderança de Musk, X se tornou um refúgio para a extrema-direita e desinformação. O empresário ofereceu anistia aos usuários banidos da plataforma, incluindo o influenciador de direita e traficante humano condenado Andrew Tate. Um estudo de 2023 constatou que o discurso de ódio aumentou na plataforma sob a liderança de Musk. A situação no Brasil é apenas a mais recente instância de Musk se aliar e dar voz a movimentos perigosos de extrema-direita em todo o mundo.
## A relação com a democracia
Especialistas alertam que a postura de Musk não se limita ao Twitter ou ao Brasil, mas faz parte de uma estratégia da extrema-direita global para minar democracias e instituições democráticas ao redor do mundo. O caso também ocorre em meio às investigações sobre a violência doméstica em 8 de janeiro de 2023, quando insurrecionistas negacionistas da eleição, que se recusaram a aceitar a derrota do presidente de direita Jair Bolsonaro, invadiram a legislação do Brasil.
Portanto, a situação envolvendo Elon Musk e o X no Brasil está estreitamente ligada ao contexto político e judicial do país, levantando questões sobre a liberdade de expressão e o papel das instituições democráticas na era digital. A investigação em andamento certamente terá desdobramentos significativos para as relações entre a plataforma X, a justiça brasileira e a sociedade em geral.