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Furacão Helene mostra que nenhuma casa está segura para a indústria de seguros.

Hurricane Helene Shows Insurance Industry That No Homes Are Safe

## **O futuro incerto dos seguros residenciais em áreas propensas a desastres**

![Seguros residenciais](https://images.unsplash.com/photo-1585371861676-48fd3f64fe5c?ixid=MnwxMjA3fDB8MHxzZWFyY2h8MXx8aG9tZW5yYVx1MDAyMzYwOTN8ZW58MHx8MHx8&ixlib=rb-1.2.1&w=1000&q=80)

*Nos últimos anos, os desastres naturais têm se tornado cada vez mais comuns e impactantes em todo o mundo. Os eventos climáticos extremos têm causado inundações, furacões e tempestades devastadoras, resultando em enormes prejuízos para as seguradoras e para os proprietários de imóveis residenciais. No entanto, o mercado de seguros residenciais nos Estados Unidos passa por uma crise sem precedentes, com grandes desafios para o futuro.*

Comparado a outros estados como Flórida, Califórnia e Texas, o mercado de seguros residenciais na Carolina do Norte parece bem estável. Desde 2008, nenhuma seguradora deixou o estado, enquanto os proprietários de imóveis pagam em média $2.100 por ano. Embora seja um valor alto, está longe das altas taxas praticadas em outros estados propensos a desastres naturais.

No entanto, à medida que os desastres naturais de todos os tipos se tornam mais frequentes, é difícil enxergar um caminho tranquilo para o setor de seguros. O Programa Nacional de Seguro contra Inundações (NFIP, na sigla em inglês) está passando por uma série de mudanças para atualizar a forma como calcula as taxas de seguro contra enchentes. No entanto, enfrenta obstáculos políticos que poderiam aumentar o número de proprietários obrigados a adquirir apólices. Além disso, muitos proprietários estão vendo os preços do seguro contra enchentes aumentarem à medida que o NFIP ajusta suas taxas para áreas de risco usando novos modelos climáticos.

Muitos especialistas concordam que o mercado privado precisa refletir, de alguma forma, o custo real de viver em uma área propensa a desastres. Afinal, é justo que seja mais caro se mudar para uma cidade onde é mais provável que sua casa seja destruída por uma tempestade. No entanto, na Flórida, um dos estados de crescimento mais rápido do país, o custo das mudanças climáticas não parece ser um impedimento para o rápido desenvolvimento das regiões costeiras.

Asheville, localizada no condado de Buncombe, era considerada um paraíso climático seguro, protegido de desastres naturais. No entanto, a cidade está se recuperando dos efeitos do furacão Helene. Para muitos proprietários, pequenos empresários e inquilinos do oeste da Carolina do Norte, o dano causado pelo Helene será devastador. Os pagamentos da FEMA, na melhor das hipóteses, trarão apenas uma fração do valor de suas casas. Embora o seguro de automóveis cubra danos de todos os tipos, incluindo enchentes, isso é apenas um pequeno alívio, incapaz de compensar a perda do principal patrimônio de uma família.

Especialistas apontam que existem modelos de seguro mais adequados para enfrentar os desafios das mudanças climáticas. Um exemplo é a Nova Zelândia, que oferece apólices que cobrem todos os tipos de danos que possam ocorrer em uma casa. Embora essas apólices sejam ajustadas de acordo com o risco, o proprietário jamais ficará desprotegido diante de um desastre climático não coberto por sua apólice atual. No entanto, é difícil imaginar uma reforma completa no sistema de seguros dos Estados Unidos, uma vez que o modelo atual fragmentado está enraizado há muito tempo.

Embora seja importante lidar com as mudanças climáticas e seus efeitos por meio de políticas públicas, também devemos considerar o papel dos seguros residenciais nesse contexto. Proteger os proprietários de imóveis de desastres naturais é essencial para garantir a estabilidade socioeconômica dessas regiões. É necessário repensar e revisar as estratégias de seguros para criar um sistema mais resiliente, que proteja efetivamente as propriedades e as finanças dos cidadãos. O futuro do mercado de seguros residenciais em áreas propensas a desastres depende de nossa capacidade de antecipar e se adaptar aos novos desafios impostos pelo clima em constante transformação.

Fonte: [Climate Change News](https://www.climatechangenews.com/)

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