Trabalhadores da Zulily afirmam que não receberam aviso de demissão ou pagamento em nova ação coletiva.

# Artigo: Trabalhadores remotos processam antiga empresa dona da Zulily por violação do WARN Act


Antigos funcionários da empresa de comércio eletrônico Zulily, sediada em Seattle, entraram com um processo coletivo alegando que não receberam aviso prévio adequado ou pagamento relacionado às demissões em massa ocorridas no ano passado.

O processo alega que a antiga dona da Zulily, a Regent, violou uma lei federal conhecida como WARN Act (Lei de Aviso e Requalificação do Trabalhador), aprovada em 1988.

A lei tem como objetivo proteger os trabalhadores, geralmente exigindo um aviso por escrito pelo menos 60 dias antes de uma demissão em massa, ou o pagamento de 60 dias de indenização se o aviso prévio não for fornecido, para empresas com 100 ou mais funcionários em tempo integral.

De acordo com o processo, a Regent não ofereceu avisos de 60 dias previstos pelo WARN Act ou pagamento aos funcionários que trabalhavam remotamente. Os advogados da Regent “supostamente encontraram uma ‘brecha’ na lei para os trabalhadores remotos, sob a qual o estatuto supostamente não se aplicaria a eles”, de acordo com o processo.

“No entanto, isso não era correto e o WARN Act realmente cobre os trabalhadores remotos que são afetados por um ‘fechamento de unidade’ ou ‘demissão em massa’ conforme definido pelo estatuto”, diz o processo, protocolado em um tribunal federal em Seattle.

Os reclamantes no processo são Jittania Smith, ex-engenheira de software da Zulily, e Kathryn Costello, ex-diretora de merchandising. Eles pretendem representar todos os funcionários remotos da Zulily nos estados de Washington e Nevada.

HKM Employment Attorneys LLP está representando os reclamantes.

O GeekWire entrou em contato com a Regent para comentar sobre o processo.

A atribuição de trabalhadores remotos sob o WARN Act é uma “questão complexa e indefinida”, de acordo com um artigo do escritório de advocacia Maynard Nexsen, dadas a forma como a lei foi escrita e a natureza do trabalho remoto atualmente.

A Zulily foi lançada inicialmente em 2010 e se tornou uma gigante do comércio eletrônico que atendia mães e crianças por meio de sua plataforma de vendas online.

A empresa foi adquirida em 2015 pela empresa controladora da QVC por US$ 2,4 bilhões, mas lutou para recuperar a magia que impulsionou o negócio em seus primeiros anos.

Sob a propriedade da empresa de private equity Regent, que adquiriu a Zulily em maio de 2023, a empresa viu uma rápida deterioração, incluindo demissões em massa, fornecedores não pagos e, finalmente, liquidação no final de 2023, apesar de ainda gerar centenas de milhões em vendas naquele ano.

A Beyond Inc. anunciou um acordo para adquirir os ativos da marca Zulily por US$ 4,5 milhões em março e está lançando uma nova versão neste ano.

Um porta-voz da Beyond disse que a empresa não está envolvida no processo.

“A Beyond, Inc. adquiriu certos ativos de propriedade intelectual da antiga Zulily em março de 2024; portanto, esse caso é contra a entidade antiga Zulily, e a Beyond, Inc. não está envolvida”, disse o porta-voz em um comunicado.

A startup de Seattle, Convoy, enfrentou um processo semelhante relacionado ao WARN Act no ano passado, após o fechamento repentino da empresa. Esse caso foi encerrado em março.

A Zulily ainda está envolvida em um processo que a empresa moveu contra a Amazon em dezembro, quando ainda estava sob a propriedade da Regent.